Pelo que tudo indica a disputa eleitoral de 2010 terá uma batalha à parte, Praças versus Oficiais das Forças Armadas. O estadão dessa terça-feira deixou claro para todo o país que os generais pretendem lançar seus nomes para o executivo e legislativos municipais, já visando angariar uma sustentação local para daí a dois aos lutar para lotar as galerias do Congresso Nacional com mais nomes ligados às Forças Armadas. Segundo o jornal paulista o general Peternelli pretende agora “voltar ao combate e promover candidaturas militares nas eleições deste ano”. Em Manaus – diz o periódico, “ele conta com o major do Exército Romero Reis, que deixou o PSL e entrou no Novo e deve disputar a prefeitura. Peternelli tenta ainda convencer outros militares.”
Do outro lado dessa disputa estão os graduados das Forças Armadas. Segundo o Correio Brasiliense o Ministério da Defesa anda reclamando da movimentação política dos graduados e disse que a atividade recente no Congresso foi visando ganhar visibilidade. Já para a Revista Sociedade Militar, há em franco crescimento um espécie de racha nas Forças Armadas no quesito política. O periódico, gerenciado por militares, com textos de militares de patentes e graduações diversas, de generais a sargentos, parece incomodar bastante por tocar em assuntos considerados TABU, como abuso de autoridade, política-militar, suicídio nos quartéis etc.
Diz a revista online: “… nas redes sociais percebe-se uma crescente indignação de graduados, que acabou gerando um movimento político denominado praça vota em Praça. Alavancado pelas redes sociais, o movimento cresce a cada dia, a ponto de já ater arrancado declarações assustadas de oficiais que pretendem se candidatar nas próximas eleições.”
Segundo o Correio Brasiliense a campanha Praça vota em Praça foi idealizada por um suboficial da Força Aérea na reserva. “não temos nenhuma representatividade naquele local, fato que comprometeu o alcance dos nossos objetivos.”, diz Marcio Garcia, que segundo o jornal é o criador do movimento.
Aparentemente, pelo que se tem visto, sem quebra de disciplina dentro dos quartéis, os subtenentes e sargentos resolveram de vez se descolar dos oficiais no que diz respeito a atividade política e já lançam nomes em diversos locais do país, inclusive no Rio de Janeiro eles já têm três pré-candidatos à prefeito e nomes já em preparação para diversos municípios.
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