Artigo destaca abordagens do presidente Lula e da deputada Gleisi Hoffmann em relação a militares das Forças ARMADAS de diferentes patentes. O jornalista Cleber Lourenço, em seu texto publicado em O Cafezinho, observa que enquanto Lula procura agradar a alta cúpula militar (almirantes, brigadeiros, generais), deixando de lado as preocupações com carreira e salários do resto do contingente, Gleisi tem se aproximado dos militares de baixa patente, que compõem a maior parte das forças, em especiais os militares dos quadros especiais das FA, que ingressaram por meio do serviço militar obrigatório.
Lourenço destaca que a deputada Gleisi Hoffmann, presidente do Partido dos Trabalhadores, percebeu equívocos nas legislações militares do governo anterior, que beneficiaram as cúpulas mas prejudicaram os militares de base (soldados, cabos, sargentos). Essa aproximação é vista como um trabalho de baixo para cima, em contraste com a abordagem de cima para baixo adotada por Lula.
Nas redes sociais frequentadas por militares das Forças Armadas, observa-se um debate sobre a aproximação com as esquerdas. Militares reformados, geralmente mais conservadores, expressam preocupações com a aproximação dos comunistas, enquanto militares mais jovens defendem que os conflitos atuais se resolvem no campo político. Desde 2019, Gleisi mantém diálogos com militares, muitos iniciados durante a reforma da previdência, que beneficiou generais, mas prejudicou militares não-oficiais.
Agora, considerando o contexto apresentado e a influência que os graduados das Forças Armadas têm como grupo eleitoral, é importante reconhecer que eles podem ser uma força significativa nas próximas eleições municipais. Isso é especialmente verdadeiro em locais de grande concentração militar, como Rio de Janeiro, Distrito Federal e São Paulo, onde a presença e as opiniões dos militares podem influenciar decisivamente os resultados eleitorais. A dinâmica política atual sugere que tanto a liderança quanto as bases das Forças Armadas estão cada vez mais engajadas e conscientes de seu papel no cenário político, o que pode ter implicações importantes nas eleições vindouras.
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