Praça vota em Praça. Uma campanha que cresce nas redes sociais assusta oficiais candidatos
Nas redes sociais de militares das Forças Armadas cada vez mais percebe-se o crescimento de uma campanha denominada praça vota em praça. A coisa aparentemente surgiu após a mobilização por mudanças no projeto de lei 1645/2019 do governo federal, acusado por graduados das forças armadas de ampliar as diferenças entre topo e base da estrutura das forças armadas.
Outro ponto muito mencionado é o fato de deputados oficiais generais não levarem em consideração para a elaboração de suas propostas as sugestões de praças das forças armadas e auxiliares. O deputado general Peternelli, por exemplo, tem sido muito criticado por praças das forças policiais porque apresentou modificações legislativas que podem resultar na proibição do chamado BICO, que é a atividade de segurança privada exercida por policiais militares, via de regra praças.
Outro oficial, o general Girão, chegou a dizer que quem reclamava do projeto do governo era porque não se esforçou para crescer na carreira.
Em um evento realizado no RIO DE JANEIRO, patrocinado pela associação BANCADA MILITAR, um oficial da reserva – Comandante Ribeiro Afonso – reclamou da situação e disse que se a coisa continuar ninguém deve ser eleito.
“não existe separação, se separar o praça do oficial não é eleito nem o praça nem o oficial”, disse o comandante.
Com as eleições municipais se aproximando já começam a surgir os primeiros nomes. No Rio de Janeiro o coronel Carlos Alves, conhecido por ter ameaçado Rosa Weber e por isso condenado a usar uma tornozeleira eletrônica, já se apresentou como candidato para a prefeitura da capital.
No Rio estima-se que somente das Forças Armadas existem cerca de 220 mil famílias de militares graduados, o que em política significa mais de um milhão de votos.
O Rio de Janeiro também é o domicílio eleitoral do graduado mais votado do país nas últimas eleições, o deputado Helio Lopes. Mas, pelo que se apura nas redes sociais o parlamentar está com a credibilidade baixa em meio aos graduados das forças armadas. Em pesquisa com 3.500 participantes, divulgada pelo site da Revista Sociedade Militar, o deputado Helio Lopes conta com um índice de 78% de reprovação.
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