Fenômeno PL-1645 tende a causar divisão entre votos de praças e oficiais nas eleições municipais de 2020
Nessa manhã de sábado de sábado celebrou-se um evento comemorativo em alusão ao aniversário da Associação da Bancada Militar, presidida pelos Militares Aragão (FN) e Monteiro (MB). Ocorrido no Rio de Janeiro, em Cascadura, o evento contou com a presença de vários militares ligados ou não à associações de graduados. Entre os convidados estavam alguns que foram candidatos nas eleições passadas, alguns eleitos e outros não eleitos.
Alguns dos presentes ocupam cargos no governo estadual, como o Comandante Ribeiro Afonso e o ex-candidato a governador e policial do BOPE, André Monteiro.
Nos pronunciamentos a questão PL1645 foi mencionada como grande fator de divisão entre graduados e oficiais, entre os que estavam no auditório ouviu-se vários comentários do tipo: A partir de agora “praça vota em praça”.
Nas palavras ditas pelo Comandante Ribeiro Afonso, atual presidente do DETRO-RJ, percebe-se que a onda “praça vota em praça” já preocupa pessoas ligadas mais intimamente à política.
“não existe separação, se separar o praça do oficial não é eleito nem o praça nem o oficial”, disse o comandante.
Andre Monteiro, subtenente do BOPE e ex-candidato a governador: “vivemos um momento importante, nada de AI5, é um combate de idéias, se falharmos agora talvez não tenhamos nova oportunidade, o militar é estrategista por natureza…”, disse.
Os graduados e suas famílias de fato são a grande força eleitoral das Forças Armadas, principalmente no Rio de Janeiro, onde a população de militares chega quase a 300 mil pessoas. Esse número, multiplicado pelo circulo de influência é gigantesco e em tese seria possível eleger vários deputados federais e estaduais.
A associação da BANCADA MILITAR nas últimas semanas tem se reunido com lideranças de várias associações e a intenção, segundo o suboficial MONTEIRO, vice-presidente, é chegar a acordos para que não se exagere no número de candidaturas, o que poderia levar a consequência que comumente chama-se de “pulverização” dos votos da família militar.