Leitores pouco familiarizados com as Forças Armadas podem não ter percebido mas desde o inicio de 2019, logo após a apresentação do projeto de reestruturação das Forças Armadas, iniciou-se um fenômeno até então inédito no país, uma segmentação dentro das forças armadas.
Sonho da esquerda desde os anos 60, a divisão dentro da FA não se iniciou por influencia de algum partido progressista ou após trabalho de base dentro das forças armadas, a questão chave aí é a palavra dinheiro. O caos foi instalado porque um projeto do governo foi idealizado sem que todas as partes envolvidas fossem ouvidas.
O projeto de reestruturação das Forças Armadas que é apresentado como um sacrifício dos militares em favor da previdência na verdade – segundo graduados que transitam pelo Congresso Nacional – esconde um reajuste que para alguns privilegia os oficiais bem no topo das carreiras e algumas categorias de graduados ainda na ativa.
Enquanto o projeto de lei tramitava na câmara quem acompanhou o processo pode testemunhar coisas inéditas ou então até então escondidas, como conchavos entre oficiais do exército e deputados do PCdoB e até um almoço dentro do ministério da defesa que contou com a participação de oficiais generais e parlamentares do partido chefiado por LULA e Gleisy Hoffmam.
É verdade que grande parte dos oficiais e graduados na ativa estão gostando do projeto de lei. Há uma pequena parte ainda na ativa, militares do efetivo variável e quadros especiais não estão satisfeitos, estes ficarão com índices de reajuste, ou de reestruturação, com percentuais bem próximos de zero, enquanto os generais e subtenentes da ativa ganharão aumentos que podem chegar a 40% a mais em seus contracheques. Militares temporários também têm reclamado, mas estes não podem se manifestar publicamente sob pena de não ter os seus contratos renovados.
Pelo que se sabe não há qualquer problema de indisciplina dentro da FA, a discussão para nas questões do PL1645/2019
A disputa agora vai para o SENADO e nessa terça-feira já se viu alguns graduados em corredores conversando com SENADORES.
Na câmara também se viu graduados, não se sabe muito bem o que planejam, mas um membro de associação de militares passou a tarde em um gabinete de deputado ligado ao Presidente JAIR BOLSONARO com o objetivo de realizar alguma articulação.Talvez, quem sabe, tenha ido cobrar a promessa do deputado major Victor Hugo, que disse que o governo ia reparar as perdas dos que ficarão prejudicados pelo PL1645/2019.
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