Jair Messias Bolsonaro será cobrado como chefe da nação, nas eleições em 2022, por robustas demonstrações de imperícia, imprudência e negligência no cumprimento do dever.
Entre outros descalabros, nesses dois anos e meio de sua desacreditada governança, podem ser ressaltados: a não denuncia dos tratados de “lesa pátria” que nos impedem dissuadir para não lutar, contra as grandes potencias, nada mais nada menos do que o “TNP” e o “MCTR”; proteção descabida, nada republicana, aos seus filhotes, todos parlamentares mais do que suspeitos, investigados no redivivo e documentado escândalo das “rachadinhas”; tripudiar injustamente sobre os militares que lhe assessoram na governança, aos quais nunca deu ouvidos, motivo maior do seu desgaste pela mídia e na opinião pública; não ter assumido a condução nacional do combate à pandemia, alegando prescrição pelo STF, fato sobejamente desmentido, mas que corroborou com seu “negacionismo”; constatações da CPI/VIRUS sobre as consequências nefastas do seu deletério proceder “negacionista” e omissões no combate à peste, fatos inapeláveis que causaram a morte de mais de meio milhão de pessoas; enxovalhar nossas “Desarmadas” Forças, ameaçando seu emprego como “guarda pretoriana”; expor oficial-general como testa de ferro na pasta da Saúde e impedir o o cumprimento do “Regulamento Disciplinar do Exército/RDE” em caso de flagrante e indiscutível quebra da disciplina; contribuir para o ocaso da “operação lava jato”; aliar-se e passar a “comer na mão” do famigerado “CENTROLÃO”, isto que se elegeu tendo como uma das principais bandeiras o combate à corrupção da “velha política”: usar de palavreado inútil, rasteiro e tresloucado em suas falas em público, respondendo perguntas em tom grosseiro, agressivo, descabido, proibitivo à dignidade do seu alto cargo, inclusive deixando transparecer chamativo desdém pelos vitimados pela peste do “coronavírus; diplomacia capenga em resultados, comprometendo o prestígio do País no exterior; priorizar sua reeleição ao invés de governar o País, uma realidade que desgasta sua imagem a cada dia.
A nação vilipendiada está, como diz o mote, “no mato sem cachorro”. Sim porque escolher entre Bolsonaro e Lula é o mesmo que escolher “entre o nada e o coisa nenhuma”. Ah! Mas tem o Dória, o Mandetta, o Ciro, o Leite. Minha gente! Por que não o próprio Mourão, o Santos Cruz, o justiceiro Moro, sim aquele que hoje é defenestrado por ter colocado a quadrilha do PETROLÃO na cadeia?
Ah! Mas ele usou de artimanhas não republicanas na condução dos processos. Brasileiros e brasileiras! Por Deus! Não fosse a esperteza do arguto magistrado e ninguém teria sido preso! Em verdade chegamos numa encruzilhada, o País, mais do que nunca, precisa escolher: ou a “mesmice” de duas candidaturas nocivas ou uma chance que represente esperança.
Paulo Ricardo da Rocha Paiva / Coronel de Infantaria e Estado-Maior