Um deputado estadual militar do Exército teve seu mandato cassado nessa terça-feira, a acusação passa por irregularidade na campanha por conta de doação recebida de pessoa jurídica. Uma associação imprimiu milhares de boletins citando seu nome como um dos candidatos ideais para a família militar paranaense e isso foi interpretado como uma doação irregular. A associação envolvida possui cerca de 300 associados, mas contratou a impressão de 12 mil panfletos, o que levou membros da justiça a entenderem que foram impressos com o objetivo de fazer campanha.
Ouvido em Curitiba o presidente da associação declarou que a publicação foi enviada para todos os militares da região, independente de serem filiados ou não à associação.
O advogado do deputado estadual mencionou diversas vezes que não se tratavam de políticos bolsonaristas, que eles não se empenhavam em demandas bolsonaristas, como se tivesse alguma indicação de que o TSE está dedicado a fiscalizar com mais rigor pessoas ligadas ao presidente.
O defensor deixou claro ainda que a suposta irregularidade foi cometida em nome de três candidatos, um sargento, que foi eleito; um coronel, que ficou como suplente e o de Jair Bolsonaro, eleito para a presidência da república.
Ficou bastante evidente o chamado “elefante na sala”, a presença do nome de Jair Bolsonaro nos milhares de boletins publicados pela associação de militares do Paraná.
Não ficou provado que o subtenente que teve o mandato cassado sabia que a associação iria investir na publicação de “santinhos” para sua campanha. Os “santinhos” na verdade eram o boletim mensal da associação e das várias folhas do documento, quase todas se referiam a publicidade local e fatos corriqueiros da associação.
Quem saiu perdendo mais na demanda foi o único que detinha um mandato, o deputado subtenente Everton.
Assista o vídeo abaixo com os detalhes, publicado no canal da Revista Sociedade Militar