O brigadeiro Batista Junior, que hoje comanda a Força Aérea, até há algumas semanas era reconhecido como o mais bolsonarista dos comandantes militares. Mas, advertido por analistas que atestam que as pesquisas de opinião indicam que Bolsonaro pode não ser bem sucedido nas próximas eleições, o oficial resolveu recuar e publicamente fez uma declaração importante, disse que militares vão se curvar e prestar continência para qualquer um que seja escolhido presidente do país nas próximas eleições.
“Lógico. Nós somos poder do Estado brasileiro. A continência é um símbolo. Quando a gente entra nas Forças Armadas, a gente aprende que ela visa a autoridade. Nós prestaremos continência a qualquer comandante supremo das Forças Armadas, sempre”
Há pouco mais de um ano Olavo de Carvalho disparou em suas redes sociais um comentário belicoso sobre a aliança dos militares com a esquerda.
“Durante toda a sua campanha eleitoral, o Bolsonaro prometia uma luta decisiva contra os comunistas, enquanto os generais tramavam uma aliança com eles, enganando o povo inteiro”
De fato, todos os militares sabem que por detrás da chamada brasilidade, patriotismo e toda a pompa, sempre há uma questão financeira embutida. O ápice da carreira de um oficial general na verdade não é um comando prestigioso ou o recebimento de condecorações, isso é coisa do passado. Para um oficial general hoje em dia o coroamento de uma carreira militar bem sucedida é receber logo depois da transferência para a reserva remunerada uma indicação para um cargo de confiança em uma instituição que paga altos salários, como Itaipú ou Petrobrás.
O general Luna e Silva, por exemplo, hoje recebe na Petrobrás salários que superam a cifra de 200 mil reais mensais. Os generais no governo, como Braga Netto, Heleno e Ramos, hoje recebem bem mais que 60 mil reais, isso em situações normais, se houver diárias, viagens etc., essas cifras podem aumentar bastante.
Batista Junior não seria exceção, com todo o prestígio e bagagem que carrega obviamente deve seguiir os passos de seus antecessores e a condição para que isso ocorra é que não exista nenhum tipo de intriga com qualquer que seja o partido ou trupe política que vença as próximas eleições.
Vários dos brigadeiros que foram para a reserva nos últimos anos hoje recebem altos salários ocupando cargos de assessoramento superior ou a direção de alguma instituição.
Em 2015 Olavo de Carvalho disparou em suas redes uma frase interessante, por aquela época o falecido que se mostrava decepcionado com a inercia dos fardados frente a quantidade de pedidos de intervenção militar, resolver implicar com a sua masculinidade.
“Mulheres Brasileiras: enviem uma calcinha a cada militar que vocês conheçam. Não é preciso explicar: eles vão entender.”
Somente o general Paulo Chagas respondeu, com uma fase não menos agressiva.
“Meu convite para que ele venha conhecer o que mais os militares têm dentro das calças, além das cuecas”
Como que por coincidência, Paulo Chagas foi um dos poucos generais que não conseguiu um emprego no governo Bolsonaro.
Portal Militar