Desde a época em que se lutava para retirar Dilma Rousseff do governo que a direita brasileira demonstra certo incômodo com as relações de militares brasileiros com a República Popular da China. Já naquela época circulava bastante um boato que dizia que o então comandante do Exército, general de exército Eduardo Villas Bôas, teria passado 15 anos na China e que haveria muito interesse do país em construir uma base militar dentro da Amazônia.
Bem, Villas Bôas serviu com certeza na Embaixada do Brasil na República Popular da China, mas foi por apenas dois anos e – pelo que se sabe – os chineses não têm pretensão alguma e não teriam permissão para construir uma base militar por aqui.
Sobre os cursos na CHINA
Entretanto, agora, em pleno governo Bolsonaro, circulam informações que afirmam que praças e oficiais teriam sido designados novamente para servir na China e que oficiais superiores da Força Terrestre são rotineiramente enviados para cursos junto do Exército Popular de Libertação da China.
Essas informações são verídicas ou não e que implicações isso tem para o nosso país? São as perguntas que surgem em mentes preocupadas de vários brasileiros.
Uma análise do número de PORTARIAS DE DESIGNAÇÃO para missões das Forças Armadas pode nos dar uma ideia do nível de interação entre militares brasileiros e chineses nos últimos anos.
Portarias de designação em 2020
Desde janeiro de 2020 foram pelo menos 17 portarias de designação de militares para servir, retornar ou executar tarefas em território Chinês. Mas, não é só o exército que envia militares para realizar cursos junto dos orientais. Por exemplo, uma portaria da Aeronáutica, a de Nº 834/GC1, DE 11 DE AGOSTO DE 2020, determina o retorno do Major de Infantaria SIMONTON SOUZA, ele terminou o Curso de Comando e Estado-Maior da Força Aérea, na Academia de Comando da Força Aérea, na cidade de Pequim, República Popular da China.
Outra portaria mostra que um oficial de cavalaria do exército Brasileiro realizou o curso de Comando de Tropa Blindada do Exército Chinês, o mesmo retornou para o Brasil em fevereiro de 2020.
Em 2019 foram 45 PORTARIAS de designação
O número de portarias de designação em 2019 foi muito maior, entre cursos militares, missões para acompanhar lançamento de satélite e participação em eventos esportivos o número de portarias chega a 45.
Os cursos realizados por brasileiros na China entre 2019 e 2020 foram os seguintes
- Curso de Segurança Militar Nacional e Comando
- Curso de Estudos de Defesa e Estratégia
- Curso de Comando e Estado-Maior do Exército
- Curso de Comando e Estado-Maior Marinha
- Curso de Comando e Estado-Maior da Força Aérea, na Academia de Comando da Força Aérea
- Curso de Estudos de Defesa e Estratégia, no Instituto de Estudos de Defesa da Universidade de Defesa Nacional, na cidade de Pequim, República Popular da China
- Um SIMPÓSIO envolvendo “altos oficiais latino americanos”.
Portal Militar
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