SEM PORTA AVIÕES! Marinha admite fracasso na tentativa de recuperar navio.
AVIAÇÃO militar – Marinha – Faz mais de uma década que a MARINHA do Brasil tenta em vão recuperar o Porta Aviões SÃO PAULO. Obviamente a força jamais admitirá, mas a aquisição pode ser considerada como um dos maiores desperdícios de dinheiro causados pelas Forças Armadas do país.
Segundo publicado pela Revista Militar, a Marinha anuncia oficialmente nessa quarta-feira, 15 de fevereiro de 2017, a baixa do Navio e pretensão de aquisição de novos equipamentos. Veja um extrato do texto:
“o Almirantado concluiu que o Programa de Modernização exigiria alto investimento financeiro, conteria incertezas técnicas e necessitaria de um longo período de conclusão e decidiu pela desmobilização do meio”…
“O custo de aquisição desse novo binômio será substancialmente menor que o de modernização do NAe “São Paulo” e de obtenção de novas aeronaves compatíveis com o NAe, já que as aeronaves AF-1 deverão estar no final de sua vida quando o “São Paulo” terminasse sua modernização. O “São Paulo” foi incorporado à Marinha em 2000, a partir de uma compra de oportunidade da Marinha Nacional da França, com os propósitos precípuos de substituir o antigo Navio-Aeródromo Ligeiro “Minas Gerais”, em término de vida útil, e proporcionar a evolução das operações aéreas embarcadas com o emprego dos aviões de asa fixa e propulsão a jato A-4 Skyhawk”
O navio foi lançado ao mar em 1960 pela Marinha de Guerra francesa e adquirido pelo Brasil por aproximadamente 12 milhões de dólares em setembro de 2000. Desde a aquisição a embarcação tem passado por sucessivas modernizações e foi palco de alguns acidentes fatais, como o que vitimou fatalmente 1 tripulantes e feriu mais uma dezena em 2005, quando uma tubulação de vapor explodiu.
A Marinha Francesa na época recebeu com surpresa e felicidade a oferta, já esperava se desfazer do quarentão com mais de 250 metros de comprimento e inúmeras despesas apenas para se manter vivo. O navio certamente iria para um grande cemitério de navios no oriente, para onde já foram grande companheiros de mar, como o próprio Minas Gerais, que foi vendido a preço de sucata para uma empresa de Hong kong por cerca de 2 milhões de dólares.
A empresa que adquiriu o MINAS pretendia fazer do navio um grande centro de recreação. Mas, depois de algum tempo desistiu da empreitada. Quem já serviu ou navegou na belonave desconfia dos motivos, estava velho demais até para servir como shopping. O costado do Minas Gerais recebeu tantas demãos de tinta que a marujada em tom de brincadeira dizia que para afundá-lo bastava um ataque de aviões atirando latas de solvente.
Será que na época da aquisição do São Paulo não surgiu uma mente sábia? Que dissesse algo tão simples como: “se valesse a pena reformar e fosse possível modernizar a França faria isso, não venderia para o Brasil”
Quanto ao “porta-aviões” São Paulo a marujada também tem comentários, irônicos, mas que podem dar uma indicação da percepção da tropa sobre a situação do navio. Costumam dizer em tom de brincadeira que o navio servia apenas como o grande salão de festas da MARINHA. Realmente, várias passagens de comando e recepções foram realizadas no local.
Resta torcer para que apareça no Brasil ou qualquer outro local do planeta outro milionário disposto a construir um grande shopping flutuante e que a Marinha do Brasil consiga assim obter um preço razoável, talvez maior do que vende-lo pelo peso da sucata.
Estimamos que o valor do Porta Aviões, vendido como sucata, seja de aproximadamente 4 milhões de dólares. Levando em consideração seu peso gigantesco, o valor da sucata de navios no mercado mundial, que oscila na casa dos 200 dólares, os preços em baixa pela grande oferta e o fraco poder de negociação já demonstrado pelos brasileiros, acreditamos que seja vendido por cerca de 1 milhão de dólares para alguma empresa chinesa, ou indiana.
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