Muitos sites de notícias e telejornais publicaram seguidas notas sobre a ordem do SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL, que além de determinar que os chamados ministros palacianos sejam inquiridos no procedimento que envolve MORO e BOLSONARO, deixou claro que se houver negativa eles devem ser conduzidos coercitivamente.
Muitos tem questionado sobre como conduzir coercitivamente um general, se as Forças Armadas se manteriam quietas diante do que poderiam considerar uma afronta.
Esse portal ouviu alguns militares e diante de suas respostas e do que tem acontecido nos últimos anos chegou-se às seguintes conclusões.
Durante os últimos anos as redes de televisão e sites de notícias concluíram que a sociedade brasileira é apaixonada por militares. Análises feitas por ferramentas que vasculham sites e redes sociais concluíram que portais como revista Sociedade Militar, site Montedo, site DefesaNet e outros tem crescido em número de acessos feitos por não militares. Observaram que as redes sociais oficiais das forças armadas possuem hoje milhões de seguidores, a grande maioria são cidadãos comuns, civis.
Se entre as palavras mais buscadas no google e outros sites de pesquisa estão os termos Forças Armadas, militares, sociedade militar etc., a determinação das editorias é obvia: que se crie textos, artigos, reportagens e tudo o que for possível usando esses termos.
É o comércio das notícias, se o consumidor procura esse material as empresas de mídia vão fabricá-lo. Alguns sites, como Jornal Da cidade online e outros chegam a exagerar, aproveitam para sensacionalizar a coisa, lutam para manter acesa a chama, um público cativo, gente que acredita que um dia, não se sabe quando, a tal intervenção militar vai acontecer.
Nos últimos meses quase que diariamente se percebe nas redes sociais textos como “os generais estão incomodados”, “os generais estão preocupados”, “os generais não apoiam”, “as forças armadas vêem com preocupação…”. Todavia, de fato, nenhuma ação, nenhum passo sequer no mundo físico foi dado pelos militares brasileiros no sentido de intervir na política.
A sequência de desmentidos é enorme, todas as vezes que a imprensa inventa alguma declaração bem ousada para os generais nos dias seguintes os velhinhos desmentem, mas para os desmentidos não se dá qualquer atenção. Afinal, nos dias de hoje muita gente só lê as notícias que lhes agrada.
Os generais já deixaram claro em seus seguidos discursos e pela sua própria NÃO AÇÃO que estão muito dispostos a tão somente cumprir suas atribuições constitucionais, que se limitam à defesa da nação e a garantia da lei e da ordem, quando convocados por um dos poderes constituídos e entre esses poderes NÃO ESTÁ listado o POVO, como querem alguns. Alguns dizem que certo general teria dito que se o povo for para as ruas, para a frente dos quartéis, a “intervenção acontece”, não conseguimos encontrar essa declaração, buscamos exaustivamente.
Um oficial ouvido por esse portal militar, bem franco, disse: ” Se nós cumpríssemos ordens emanadas pelo povo estaríamos em maus lençóis teríamos jogado o país no caos ainda em 2014, quando se iniciou esse pedido de intervenção militar. Se houvéssemos respondido positivamente a esses pedidos teríamos deposto Dilma, hoje o país já estaria novamente redemocratizado, Dilma Rousseff seria declarada novamente como heroína da democracia, bem como Genoino, Lula, Zé Dirceu e tantos outros. Quanto a nós, estaríamos presos, perderíamos nossos postos e nossas famílias estariam hoje à míngua… o povo não sabe o que quer, não sabe o que fala.”
“Levamos 30 anos para chegar nesse caos, levaremos pelo menos a metade para recuperar tudo. Não há solução instantânea e militar não é mágico. Temos um governo conservador, escolhido pelo povo, tenham paciência. O que querem mais?”, perguntou.
“A imprensa ganha dinheiro com publicidade e como perceberam que a sociedade gosta de alimentar esse fetiche de que militares devem tutelar o Brasil vão falar disso o máximo possível. Hoje em dia se um cara aparecer fardado em um vídeo, disser que é coronel ou sargento, mesmo que nunca tenha sido militar, e declarar que a intervenção começa na semana que vem, milhares de pessoas vão compartilhar a coisa sem sequer analisar a veracidade.” disse o militar.
Sobre a condução coercitiva
“eles irão depor, não há possibilidade de condução coercitiva só por isso. Se houvesse negativa não haveria nenhum militar que enfrentaria a polícia para ‘protegê-los’, determinação judicial se cumpre”.
“Os generais que estão no governo estão fora das FA, não tem qualquer ingerência sobre a tropa. Inclusive o Estatuto dos Militares deixa bem claro que eles NÃO PODEM usar as suas DESIGNAÇÕES HIERÁRQUICAS em cargo público civil, ou seja, não podem ser chamados de generais., justamente para não carregar o nome das FA em tudo que fizerem. Recentemente um Almirante foi preso, não houve problema algum. Se outro oficial-general for preso também não haverá qualquer problema, qualquer reação. Essa história de ligar as Forças Armadas ao status do governo Bolsonaro é a última coisa que poderia acontecer. Se Bolsonaro cair ou fizer cagadas isso inevitavelmente espirrará nas Forças Armadas, não há como negar.”
Sobre a reação
“Obvio que todos achamos desnecessário o texto do Supremo Tribunal. Mas, a tão esperada reação dos generais ao que a imprensa considera como uma grande ofensa será com toda a certeza uma resposta positiva. Irão depor na data marcada, apenas isso. Que ninguém seja pego de surpresa”, disse o oficial.
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